sábado, 17 de maio de 2014

Para uma velha amiga.

Estamos em maio. E nesse ano eu já fui Regan MacNeil, Piper Chapman, já fui Jack Nicholson e Winona Ryder. Tive tanta saudade de ser Mariana, que precisei gritar e gritar, até conseguir me chamar de volta. Até que eu me ouvi. E eu tinha tanta coisa pra contar, que não dei conta de, sozinha, me dedicar toda a atenção que precisei.
Algo óbvio, que esclareci a mim mesma: Eu não estava sozinha. Ou melhor, nunca precisei estar.

Nós construímos nossa própria realidade nos baseando no que parece mais cômodo acreditar. Assim alimentamos nossas metas, nossos sonhos, nossa auto-estima, nossos medos, nossas crenças, nossas torturas. Estamos em maio, e nesse ano me pareceu mais cômodo fantasiar quem eu sou.

Estamos apenas em maio, e já aprendi tanto comigo mesma! Ainda há muito o que aprender. Descobri que tenho vários talentos e muita vontade de olhar com carinho para cada um deles.
Descobri que tenho um namorado maravilhoso, e amigos que sentiram saudades da Mariana tanto quanto eu. Dia após dia eles me lembram quem eu sou.
Descobri também que apesar da minha família já não ser mais volumosa e barulhenta como antes, ela ainda está tão próxima e tão cheia de amor, como nunca deixou de ser. E eu os amo, como nunca deixei de amar. Mas a Mariana não ama com saudade, e sim com gratidão, pois numa família tão especial como essa, a distância é um simples detalhe geográfico.

Quantas saudades eu senti nesse ano... mas ainda estamos em maio! Temos o resto do ano pra curtir nossa companhia, eu e a Mariana. Tornaremos inesquecível o ano em que eu fiz as pazes com a minha melhor amiga.

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