Protegida na varandinha do casebre, Dona Antônia admirava chover bonito no laranjal. Sem pressa, delineou com o indicador a forma de uma nuvem. Sem reparar nos sapatos molhados, deixou que a água gostosa molhasse sua mão. E sempre com os olhos chovendo saudades, recitou cantigas da infância. Recitou pra si mesma.
terça-feira, 3 de dezembro de 2013
Quando choveu.
As palhetas de parabrisa trabalhavam pesado no trânsito da Avenida Paulista. Quem estava atrasado, se maquiava. Quem estava disposto a molhar o braço, fumava. E quem estava nervoso, xingava com os vidros fechados, xingava pra si mesmo.
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
quinta-feira, 12 de setembro de 2013
quinta-feira, 11 de julho de 2013
Bem-Bom.
Prefere uma serenata de amor ou um sonho de valsa?
Se escolher a primeira, componho uma linda canção. Escalo muro, jogo pedrinhas na janela. Te acordo numa madrugada cintilante, com rima, verso e melodia.
Mas se sonhas com uma valsa, então visto o mais belo vestido! Me enfeito com flores e lantejoulas. E te acompanho em seus passinhos ritmados, no mesmo compasso do meu coração.
Se escolher a primeira, componho uma linda canção. Escalo muro, jogo pedrinhas na janela. Te acordo numa madrugada cintilante, com rima, verso e melodia.
Mas se sonhas com uma valsa, então visto o mais belo vestido! Me enfeito com flores e lantejoulas. E te acompanho em seus passinhos ritmados, no mesmo compasso do meu coração.
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